quarta-feira, 13 de junho de 2012

Capicua


Ana Matos, conhecida como Capicua, é uma Mc nascida em 1982, no Porto, Portugal, formada em Sociologia e uma das figuras mais interessantes da nova música lusitana. Quem me apresentou a essa figura foi meu amigo Léo, um entusiasta de rap - especialmente os da terra de Camões.


A seguinte descrição aparece na sua página do facebook: "Capicua é uma Mc do Porto que faz Rap desde o princípio do século porque gosta de palavras. Depois de dois Ep’s em família (com Syzygy em 2006 e Mau Feitio em 2007), de uma mixtape por conta própria com beats de Dj Premier (em 2008) e de várias participações em mixtapes e compilações dos mais relevantes Dj’s e Beatmakers de Hip Hop nacionais, chega com álbum novo, a solo e com edição Optimus Discos. No disco, Capicua cresce sobre instrumentais de D-One, Ruas, Sam the Kid, Xeg ou Nelassassin, e enfrenta o momento, o movimento e a sua própria identidade com sensibilidade, bom humor e valentia. Terna e feroz, íntima e torrencial, Capicua rima como é, coisa rara e preciosa"


"Sou uma optimista por convicção. Quero cultivar o optimismo. O disco gira à volta desta ideia. Capicua, circularidade, nenhum fim é um fim, é sempre um recomeço, temos sempre de dar a volta por cima, como digo na música ‘Volta’, para vermos o lado positivo das coisas. Faço música para espalhar esse optimismo estimular as pessoas nesse sentido e as inspirar. 

O rap e o hip hop em geral valorizam a diversidade, o público do rap é também ele muito diverso. Há, sem dúvida, mais homens do que mulheres. Mas essa dominação ou ideia não está dentro do hip hop, mas da nossa cultura patriarcal. Um MC tem de ter atitude, espírito aguerrido, teres coragem para te expor, teres opinião. Estas não são características culturalmente estimuladas nas mulheres em geral. Elas não são educadas para falar alto, assumirem a liderança, imporem a opinião em voz alta no meio de uma mesa, dizerem palavrões. Enquanto for assim, vai haver sempre poucas mulheres no hip hop, e o hip hop precisa disso. O problema não está no hip hop, está na cultura em geral e isso demora muito tempo a mudar."
Pra ver essa entrevista completa, só entrar aqui.

Essa é uma de suas músicas mais fomosinhas.

Dá pra baixar o álbum dela por esse site aqui:
http://optimusdiscos.pt/discos


Acho que é isso.

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