terça-feira, 12 de junho de 2012

Bárbara de Alencar


Bárbara de Alencar é dessas figuras míticas brasileiras, que deveriam figurar em destaque nas páginas dos livros de história mas, infelizmente, permanece esquecida, num quase anonimato.

Antes de começar a prosear acerca dessa mulher de luta, que viveu na Parnambuco do século XIX, coloquei esse vídeo, em duas partes, que, além de falar sobre ela, dá um bom contexto histórico pra se entender toda a história. Se vc tiver realmente interessado nela, vale mais ver o vídeo que ler o que eu vou escrever.



Nascida em 11 de fevereiro de 1760, na cidade de Exu, em Pernambuco, Bárbara nasceu numa fazenda de propriedade de seu avô. Adolescente, foi para Crato, no Ceará, e se casou com um comerciante português.    

Teve no total 4 filhos. Enquanto o marido, José Gonçalvez, cuidava da loja de tecidos, ela cuidava de uma fazenda do casal que ficava na região de Crato. Moravam no campo, mas fez questão de levar os filhos pra estudar no seminário de Olinda - que era uma espécie de célula revolucinária, dada o espírito libertário e separatista daqueles tempos


E foi assim, levando os filhos pra estudar no seminário, que entrou em contato com política. Um de seus grandes e mais importantes mentores foi Arruda Câmara, um ardoroso defensor da libertação do Brasil do domínio de Portugal. Volta então ao Cariri e dissemina as idéias revolucionárias para seus numerosos parentes, e em 1817, quando da revolução pernambucana, já era membro atuante no meio revolucionário.


E foi neste ano, quando a revolução fracassou, que Bárbara de Alencar foi presa pelos seguidores do governador Sampaio. A casa caiu pra todo mundo, e Bárbara até tentou fugir, escapando no meio de um grupo de escravos e se refugiando em sua fazenda, mas logo foi capturada. Isso a torna a primeira presa política do Brasil.


Permaneceu presa durante 4 anos, período em que era mudada constantemente de prisão. Ao ser liberta, passa a lutar na justiça para reaver suas propriedades, confiscadas pelos monarquistas. Ao invés de se manter afastada de política, depois do tempo na prisão, Bárbara continuou militando. Em 1824 participou com os filhos da Confederação do Equador, onde viu dois deles serem mortos.

Exército imperial do Brasil ataca as forças confederadas no Recife, em 1824.

Bárbara passou a vida toda peregrinando, fugindo de seus perseguidores políticos. Morreu em 1832, na cidade de Fronteiras, Ceará. 


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