domingo, 7 de agosto de 2011

Maitena Burundarena



Maitena nasceu em Buenos Aires, em maio de 1962, numa família de classe média, onde o pai era engenheiro e a mãe arquiteta. Estimulada pela mãe, aprendeu a desenhar de forma autodidata, publicando seus primeiros trabalhos em revistas de humor. É difícil encontrar exemplos dessa primeira fase, que tinha uma tônica mais erótica, mas que foi publicada tanto na Argentina quanto na Europa.



Enquanto desenhava as tiras nos anos 80, trabalhava também com ilustração gráfica para revistas, jornais e livros escolares. Já fez roteiros para a televisão, foi proprietária de um restaurante, e dona de um bar.



Teve seu primeiro filho aos 17 anos, e casou-se logo em seguida. Aos 19 teve o segundo filho, e aos 24 estava divorciada pela primeira vez. Hoje, Maitena está no quarto casamento, e tem três filhos no total. Interessante notar que talvez o grande trunfo de sua série, Mulheres Alteradas, é esse conhecimento que só aqueles que viveram intensamente os modismos e mudanças nos padrões de comportamento podem ter. Maitena desenha e escreve sobre mulheres modernas com a propriedade de quem já viu e viveu tudo aquilo, com a máxima intensidade.



E eu, como homem e fã absoluto, acho sempre uma revelação ler suas tiras. É bacana isso. Sempre que eu leio o Mulheres Alteradas, eu sinto que entendo e aprendo um pouco mais sobre as mulheres, sobre o misterioso universo feminino. Me sinto mais próximo, como se uma camada da barreira que nos separa estivesse ruindo.



"Tive um relacionamento com outra mulher por três anos. Moramos juntas, com meus filhos, e passado o escândalo inicial, foi a mesma coisa que estar me relacionando com um homem. Quer dizer, as mulheres te ligam muito mais vezes por dia! E eu odeio falar por telefone. Sei que tenho um público gay, e isso me encanta, porque, em geral, os gays escolhem o melhor! E não me surpreende que se divirtam com meu trabalho, porque nossos interesses se parecem muito: os homens! Mas, seriamente, parece que os gays se sentem mais próximos ao que tem de crítico no meu trabalho, sobre o machismo, as imposições culturais, os papéis familiares tradicionais"


Um comentário:

  1. Bill!!.. Arrarou no blog... haha curti muito a idéia!
    Eu acho a Maitena demais também! Ela vem me ajudando a compreender o universo das mulheres desde antes de eu ser uma, propriamente dito!
    hahaha

    Saudades.. beijocas :*

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